Os Melhores Guitarristas da História: Brian May é o terceiro

Atualizado em 29 de dezembro de 2012 às 15:41

O mítico guitarrista do Queen foi o primeiro a ser anunciado no pódio do DCM.

Brian May reúne quase todas as qualidades de um bom guitarrista. É um grande melodista, um ótimo harmonista. É criativo e esforçado – quem conhece estúdio nota que May trabalha a guitarra quase até esgotar as possibilidades.

May é também um pesquisador de timbres. Para começo de conversa, usa uma guitarra fora de padrão, chamada Red Special, feita por seu pai e ele (neste sentido é parecido com Sergio Dias, que usa uma feita por seu irmão). Para deixar o som mais metálico, utiliza uma moeda no lugar da palheta – o que traz desvantagens técnicas, mas vantagens sônicas. Além disso, buscava a diferença na minúcia, como tocando com a mão direita em regiões diferentes da guitarra.

Brian é um estilista, talvez não tão influente quanto Jimi Hendrix ou Jimmy Page, mas possivelmente com mais fãs que ambos – o Queen é um caso raro de Cult que é também Mainstream.

May foi precursor de uma sonoridade que posteriormente seria conhecida como Heavy Metal Melódico. Este gênero usou em excesso solos distorcidos com várias vozes em terça ou quinta. Brian fazia o mesmo, só que com discernimento e delicadeza.

May é também altamente habilidoso, e embora seja um virtuoso, tem medida – sabe quando tocar e quando não tocar. Ele é dedicado à banda e ao resultado, e não a si mesmo. Ainda assim, tem solos lindos, como Bohemian Rhapsody (1975), It’s Late (1977), Seven Seas Of Rhye (1974), e Crazy Little Thing Called Love (1979), que prova que até fora de sua área de expertise, é espetacular.

Eu já disse aqui que se Eric Clapton é Deus, Chuck Berry é o Diabo. Diria agora que se B.B. King é o Rei, então Brian May é a Rainha.

Leia mais: Os 10 maiores guitarristas da história do rock. Eddie Van Halen é o quarto.

Brian May em ação com sua Red Special