Governo Bolsonaro propõe retrocessos inaceitáveis na educação. Por Aloizio Mercadante

Atualizado em 6 de janeiro de 2019 às 17:47
Aloizio Mercadante. Foto: Reprodução/YouTube

POR ALOIZIO MERCADENTE, ex-ministro da Educação

Em menos de uma semana, o governo Bolsonaro já propõe retrocessos inaceitáveis na educação brasileira. A tentativa do estabelecimento de um filtro ideológico para a concessão de bolsas de
estudos para pós-graduação e doutorado no exterior, além de inconstitucional, atenda contra a liberdade de pesquisa e acadêmica, conquistas seculares das instituições de ensino em todo o mundo, e fere o critério republicano da meritocracia como requisito para o acesso à educação.

Com tal medida, Bolsonaro e sua equipe trazem de volta ao ambiente universitário o macartismo, o autoritarismo, a patrulha ideológica e a perseguição política. Entretanto, o respeito integral à liberdade, à pluralidade de pensamentos e de ideias e ao contraditório são valores inegociáveis da nossa democracia e condições inerentes das nossas universidades.

Esse governo também escancara seu olhar elitista sobre a educação, quando uma ministra, que exala preconceito e discriminação tentando impor padrões cromáticos para meninos e meninas, ataca um programa de Estado, que permitiu uma verdadeira revolução no acesso democrático especialmente dos mais pobres às universidades: o Sisu. O fim da possiblidade de um estudante se candidatar a vaga universitária longe de onde a família mora, em condições de igualdade com qualquer outro estudante do país, seria o retorno do Brasil a um tempo em que apenas os filhos dos mais ricos tinham acesso à educação superior, seria a volta da indústria dos vestibulares e o fim do próprio Enem, que em nossos governos se tornou o caminho republicano de oportunidades.

Ao que parece, esse governo se esquece que se elegeu em razão de um Estado do Exceção Seletivo, que alijou o favorito das pesquisas da disputa, e partir de uma estratégia pesada de difusão em massa de fake news nas redes sociais, especialmente pelo WhatsApp. Um governo que não foi votado nas urnas por 89,3 milhões de brasileiros e brasileiras. Ou seja, um governo que não tem carta branca para implementar as barbaridades que vem propondo.

Em menos de uma semana, o governo Bolsonaro já propõe retrocessos inaceitáveis na educação brasileira. A tentativa do estabelecimento de um filtro ideológico para a concessão de bolsas de
estudos para pós-graduação e doutorado no exterior, além de inconstitucional, atenda contra a liberdade de pesquisa e acadêmica, conquistas seculares das instituições de ensino em todo o mundo, e fere o critério republicano da meritocracia como requisito para o acesso à educação.

Com tal medida, Bolsonaro e sua equipe trazem de volta ao ambiente universitário o macartismo, o autoritarismo, a patrulha ideológica e a perseguição política. Entretanto, o respeito integral à liberdade, à pluralidade de pensamentos e de ideias e ao contraditório são valores inegociáveis da nossa democracia e condições inerentes das nossas universidades.

Esse governo também escancara seu olhar elitista sobre a educação, quando uma ministra, que exala preconceito e discriminação tentando impor padrões cromáticos para meninos e meninas, ataca um programa de Estado, que permitiu uma verdadeira revolução no acesso democrático especialmente dos mais pobres às universidades: o Sisu. O fim da possiblidade de um estudante se candidatar a vaga universitária longe de onde a família mora, em condições de igualdade com qualquer outro estudante do país, seria o retorno do Brasil a um tempo em que apenas os filhos dos mais ricos tinham acesso à educação superior, seria a volta da indústria dos vestibulares e o fim do próprio Enem, que em nossos governos se tornou o caminho republicano de oportunidades.

Ao que parece, esse governo se esquece que se elegeu em razão de um Estado do Exceção Seletivo, que alijou o favorito das pesquisas da disputa, e partir de uma estratégia pesada de difusão em massa de fake news nas redes sociais, especialmente pelo WhatsApp. Um governo que não foi votado nas urnas por 89,3 milhões de brasileiros e brasileiras. Ou seja, um governo que não tem carta branca para implementar as barbaridades que vem propondo.