
O que poderia remover o Wikileaks das manchetes na Europa?
Claro. O terror islâmico.
O medo avança. O ataque à Suécia rompe uma nova fronteita. Nunca antes a Suécia fora alvo de um ataque terrorista.
Só não foi uma tragédia por acaso. A bomba explodiu antes da hora, no centro de Estocolmo, e matou apenas o próprio jihaddista, Taimur Abdulwahab al-Abdaly, 29 anos.
São tantos os absurdos que um a mais passou despercebido. Taimur cometeu o crime na véspera de seu aniversário, 12 de dezembro. Uma mensagem, minutos antes da explosão, chegou a uma agência de notícias sueca. Dizia que agora os suecos iam ver morrer mulheres e crianças, “como nós”. A carta citava as tropas suecas no Afeganistão e uma charge feita por um cartunista local em que Maomé aparecia no corpo de um cachorro.
Nós, brasileiros, não sabemos o quanto é bom viver sem o medo do terror. Quando você está no metrô em Londres ou Paris, ouve avisos sistemáticos para prestar atenção no que você carrega porque qualquer coisa sem dono que for encontrada pode ser destruída por precaução. Valorizamos pouco também o sol farto, mas esta é outra história.
Taimur, sueco de nascimento, estudou em Luton, cidade inglesa. Voltou apenas recentemente à Suécia. As pessoas que o conheceram em Luton lembram dele com suas filhas pequenas, uma imagem que não casa com bombas. Na mesquita que frequentava em Luton, ficou marcado pelas opiniões radicais, mas nada que sugerisse que faria o que fez. Em sua página no Facebook misturava pregação fundamentalista com coisas comuns em gente de sua idade, como “amo meu iPad”.
Onde isso vai dar?
Não há nada de animador à vista. Há uma corrente de ódio e destruição que se vai alimentando. Os países ocidentais, Estados Unidos à frente, cometem barbaridades há muito tempo no Oriente Médio. As guerras são travadas bem longe dos Estados Unidos e aliados. Os civis que morrem são árabes, velhos e crianças e mulheres. As cidades reduzidas a nada são árabes.
A resposta está aí.
Qualquer governo local apoiado pelos Estados Unidos é abominado pelos nativos.
Sêneca dizia que, para muitas coisas, é mais fácil não entrar que sair.
Predação como a que os americanos promovem no Oriente Médio é uma delas.