
“Que contradição, tem dinheiro para a milícia, mas não tem para a educação”
A Avenida Paulista foi palco de um dos diversos atos que aconteceram por todo o país nesta quarta-feira (15).
Mais de 120 mil manifestantes, de acordo com a organização, se reuniram em frente ao Masp contra o bloqueio de recursos da educação.
A concentração do ato começou às 14h e, por volta das 16h50, o cortejo começou a andar em direção à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), localizada na região do Paraíso.
O ato reuniu pessoas de todas as idades, estudantes, sindicalistas, professores… todos unidos pelo grito “fora, Bolsonaro!”.
“Estou aqui porque sou professora, porque sou educadora, porque tenho filhos e netos e quero educação para este país”, diz a socióloga e professora universitária Eva Blay.
“Estou vendo desde criancinhas até pessoas bem idosas… eu acho que esta união mostra que não queremos cortes na educação de jeito nenhum”, completa.
Diversos cartazes faziam referência à fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub sobre “balbúrdia” em universidades. Outros, pediam a liberdade do ex-presidente Lula ou o fim do governo Bolsonaro.
Na foto abaixo, a estudante de fonoaudiologia Tamila, de 21 anos, exibe seu cartaz ironizando a falta de inteligência de Jair Bolsonaro.

“Na minha faculdade haverá muitos cortes de bolsas de pesquisa e está sendo um negócio ridículo. Vai fazer mal para todo mundo”, diz Tamila.
A luta não era só dos estudantes universitários, os secundaristas também marcaram sua presença.
“Como eu sou de escola pública, estou lutando por uma coisa que não é só minha, mas é de todos. Então, eu vim representar a galera da minha escola e também porque eu quero entrar em uma universidade federal”, diz Ana Júlia Reis, aluna da Escola Estadual Pedro Casemiro Leite, localizada em Cotia, na grande SP.
“Eu estou lutando pelo meu futuro e pelo futuro da nação”, completa a adolescente.
Diversos líderes de movimentos populares discursaram para a população. “Aqui está seu tsunami, Bolsonaro. Somos a união dos estudantes, professores e todos os brasileiros que querem o melhor do Brasil”, disse o presidente da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bomfim.
“Idiota é quem faz arminha com mão de criança, e acha que livro é menos importante que arma. A nossa história está sendo construída pelo povo brasileiro e nada será aprovado por você sem que o povo concorde. Se você subestimava o poder dos jovens, o recado está dado”, disparou a presidenta da UNE, Marianna Dias.
“Esse mundo de gente é o ‘Tsunami Da Educação’. A nossa onda é o futuro. O povo está na rua porque você não é dono do Brasil”, completou Marianna.
Nayara Souza, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), também deu seu recado: “Estamos aqui para mostrar que o povo não vai deixar cortar nossa educação. Estamos aqui para defender mais investimento e liberdade de expressão”.







