
O procurador Deltan Dallgnol tinha na manga alguns truques de showman.
Ele mesmo recomendou a seu chefe Sergio Moro, por exemplo, “mesclar conteúdo com entretenimento”.
Foi o que fez no programa do Jô Soares em 2016.
Dallagnol contou, naquela ocasião, uma piada idiota que repetiria em suas turnês pelo Brasil.
Como naquelas peças de teatro com Antônio Fagundes para a classe média, em que o ator fala palavrão e a plateia urra de prazer, Dallagnol descobriu que a escatologia é sucesso garantido.
A cascata de Deltan era a seguinte: certo dia, ao sentir um desconforto gastrointestinal (em outras palavras, diarreia), enviou uma mensagem via WhatsApp a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, homônimo de seu médico.
Dallagnol pedia orientação.
Costa respondeu, de acordo com o lero lero, que era engenheiro e não doutor, mas lhe desejava pronta recuperação.
Ha. Ha. Ha.
Jô Soares comentou: “Você descreveu seu cocô a ele”.
Essa palhaçada seria repetida numa palestra numa feira literária em Poços de Caldas no ano seguinte, quando Deltan teve como escada Vladimir Netto, filho de Míriam Leitão.
Vladimir, repórter da Globo, membro há 5372 anos da Abraji, é autor de “Lava Jato – O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil”, uma hagiografia vergonhosa da turma da República de Curitiba que virou best seller.
Era papo de bróder.
Os vídeos seguem abaixo.
A soirée com Vladimir é particularmente constrangedora.
É impressionante como DD enfileira lorota atrás de lorota e o interlocutor vai rindo, levantando a bola, comprando o papo furado de que os procuradores eram, entre outras coisas, abnegados sem final de semana.
Sem a ajuda de gente como Vladimir, Deltan Dallagnol e cia. jamais teriam enganado tanta gente por tanto tempo.
Bastava, ao fim e ao cabo, falar de merda.