Polícia do Rio já firmou convicção sobre o envolvimento de Jair Bolsonaro no assassinato de Marielle, diz Nassif

Atualizado em 20 de dezembro de 2019 às 6:41

O jornalista Luís Nassif cravou em sua coluna Recado do Nassif, no sit GGN, que a Polícia Civil Já firmou convicção sobre o “profundo” envolvimento” de Jair Bolsonaro com o assassinato de Marielle Franco.

“Nas investigações sobre a morte de Marielle, a Polícia Civil do Rio de Janeiro firmou convicção sobre o profundo envolvimento de Jair Bolsonaro no episódio”,escreveu.

“Ainda não há clareza sobre os motivos. A hipótese levantada pelo GGN – de comprometer a intervenção federal – é uma das possibilidades de investigação. Mas especulam-se sobre outras”, acrescentou.

Marielle foi assassinada em 14 de março do ano passado, algumas semanas depois do então presidente Michel Temer decretar a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro.

Ele tinha acabado de sair de um encontro com mulheres, na Casa das Pretas, no Rio de Janeiro.

Estava com o motorista Anderson Gomes e com a assessora de imprensa, que sobreviveu ao atentado.

“A coisa de sobrevivente me marcou muito. Porque eu queria a Marielle viva. Porque eu queria o Anderson vivo. Porque sobreviver é uma coisa muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda é essa? Que violência é essa?”, disse ela, em entrevista ao Fantástico.

“Eu estou apavorada. Eu estou despedaçada”, afirmou.

Os homens apontados como autores do assassinato já foram presos: Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Mas até hoje não se sabe o motivo do crime nem seus mandantes.

Ronnie Lessa, ex-policial e miliciano, era vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra. A polícia encontrou nos registros da portaria do condomínio que, no dia do crime, Élcio Queiroz esteve no condomínio e entrou no local com autorização do “seu Jair”.

Bolsonaro negou, em uma transmissão desequilibrada na Internet, em que atacou a Globo, que deu a notícia, e o governador Wilson Witzel.

A pedido de Sergio Moro, a Polícia Federal abriu inquérito e tomou o depoimento do porteiro.

Ele, que havia feito a declaração em dois depoimentos à Polícia Civil, voltou atrás, sob ameaça de ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional.

 

Joaquim de Carvalho
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com