Onde estão e quem são os outros três do atentado? Por Fernando Brito

Atualizado em 31 de dezembro de 2019 às 22:12
Eduardo Fauzi Richard Cerquise atacou político em 2013 Foto: Reprodução imagens

Publicado originalmente no Tijolaço:

POR FERNANDO BRITO

Que o tal Eduardo Fauzi era o líder do grupo que atirou coquetéis-molotov na produtora do grupo Porta dos Fundos já era sabido, ao menos, desde sexta-feira, quando o Jornal GGN, de Luís Nassif, recebeu e publicou o conteúdo de uma mensagem criptografada que atribui a ele e a autoria do ataque.

Fauzi, além da agressão pelas costas de um ex-secretário municipal do Rio de Janeiro tem uma vasta folha de envolvimento em atos ilícitos. Era, em lugar de defensor de guardadores de automóveis, como se apresentou na ocasião, empresário de um estacionamento clandestino no centro do Rio de Janeiro e apontado como ligado a um certo “Capitão Henry”, Henry Ribeiro da Costa, ex-policial militar na extorsão praticada contra de flanelinhas.

A apreensão de R$ 119 mil no apartamento de Fauzi mostra que há muitos e lucrativos negócios andando junto com o seu fundamentalismo cristão e que há recursos para que se envolva em novos atos terroristas – um crime federal que não está sendo classificado como tal. Se houve, como se noticia, escutas telefônicas, é claro que já estão identificados outros participantes e é preciso que sofram logo as consequências de seu ato bárbaro.

Do contrário, como ocorreu há poucos dias, a dúzia de neofascista que se exibia nas ruas vai continuar a ser tratada como “curiosidade” e não como ameaça.