Petra Costa e Regina Duarte: duas trajetórias, uma ascendente, outra decadente. Por Joaquim de Carvalho

Atualizado em 10 de fevereiro de 2020 às 0:01

Duas mulheres, duas trajetórias. Uma descendente, outra ascendente.

Regina Duarte, secretária da Cultura, merecia receber o prêmio Framboesa, destinado aos piores atores.

A ex-namoradinha do Brasil, atual Rainha da Suástica, foi ao Instagram para fazer uma provocação. Publicou um meme em que expressa a opinião de que o Oscar deveria ser entregue aos seguidores do Pato da Fiesp.

A atitude decente de uma secretária da Cultura seria manifestar apoio a um filme que eleva o cinema brasileiro, abre portas para novas produção, caso de Democracia em Vertigem.

Já Petra Costa, aos 36 anos de idade — menos da metade da idade da secretária da Cultura  –, mostrou muito mais maturidade.

Ela aproveitou a presença no tapete vermelho para, ao lado de sua equipe e amigos, segurar cartazes em apoio a causas fundamentais no Brasil.

Um deles perguntava: Quem mandou matar Marielle? Outras pediam: parem de invadir terras indígenas. Muitos da equipe também usaram bonés do MST, para mostrar ao mundo que brasileiros lutam por justiça, e o Brasil é muito maior do que Jair Bolsonaro.

Petra foi uma vencedora, motivo de orgulho para os patriotas de verdade.

Regina Duarte é apenas uma peça na guerra para desconstruir o país — a organização dos trabalhadores, as empresas, o sistema educacional, a cultura, o pouco do que temos de estado do bem estar social.

Outros embates virão. No de hoje, Petra e os progressistas venceram.

Por meio da obra da cineasta, o mundo tomou conhecimento em detalhes do que acontece no Brasil, que resultou em Bolsonaro, Abraham Weintraub e Regina Duarte, entre outros infelizes.

Mais abaixo, duas obras, uma de Regina Duarte, outra de Petra Costa.

A obra de Petra Costa. Foto: Divulgação
A obra de Regina Duarte