Escolhido por Jair Bolsonaro como sucessor de Luiz Henrique Mandetta para o ministério da Saúde, o oncologista Nelson Teich mostrou sua visão de mundo num vídeo que viralizou.
É do ano passado.
Teich aparece afirmando que velhos têm menos direito de viver.
“Como você tem o dinheiro limitado, vai ter de definir onde vai investir. Eu tenho uma pessoa mais idosa, que tem doença crônica, avançada. E ela tem uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que vou gastar para investir num adolescente que está com problemas”, diz.
“Mesmo o dinheiro que vou investir. É igual. Só que essa pessoa é um adolescente, que tem a vida inteira pela frente. A outra é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?”
Isso vale para o presidente, um homem de 64 anos? Se ele cair doente, o médico deve deixá-lo morrer?
Ou só vale para os pobres?
O darwinismo social, amparado na ideia da “sobrevivência do mais forte”, serviu de base para todo tipo de barbaridade, inclusive o nazismo.
Herbert Spencer, filósofo e biólogo inglês, admirador de Charles Darwin, escreveu que a preocupação com os mais fracos era absurda, pois “todo o esforço da natureza é livrar-se deles”.
Bolsonaro pode ter encontrado seu Mengele. Cabe a nós não irmos como cordeiros para o sacrifício.