Apoiadora de Trump que levava bandeira supremacista “Não Pise em Mim” foi pisoteada até a morte no Capitólio

Atualizado em 9 de janeiro de 2021 às 13:12
Rosanne Boyland com a bandeira ‘Não Pise em Mim’: pisaram

Entre as cinco pessoas mortas na invasão do Capitólio, em Washington, estimulada por Trump, está Rosanne Boyland, de 34 anos.

Rosanne foi pisoteada até a morte quando carregava uma bandeira com os dizeres “Não pise em mim” (“Don’t Tread on Me”), contou seu amigo Justin Winchell.

“Eles basicamente criaram pânico e a polícia, por sua vez, os empurrou, então as pessoas começaram a cair”, relatou.

“Um cara caiu em cima dela, e outro cara estava andando sobre ela. Havia pessoas empilhadas e esmagadas.”

Os paramédicos tentaram reanimá-la, mas não conseguiram.

Rosanne aparece em fotos com a chamada “bandeira de Gadsden”, que remonta à Revolução Americana e foi cooptada por grupos de extrema direita como forma de se opor ao “estado opressor”.

Eduardo Bolsonaro posou com esse lixo há pouco tempo com dois amigos armados.

A bandeira criada pelo soldado Christopher Gadsden, da Carolina do Sul, acabou adotada pela Ku Klux Klan, depois pelo extremista Tea Party e finalmente por delinquentes direitistas.

“Nunca tentei ser uma pessoa política, mas é minha convicção pessoal que as palavras de Trump incitaram um motim que matou seus maiores fãs e acredito que deveríamos invocar a 25ª emenda neste momento”, disse o cunhado de Boyland, Justin Cave.

“Nossa família está sofrendo por nosso país, por todas as famílias que perderam entes queridos ou sofreram ferimentos, por nossa própria perda.”

A 25ª emenda é um mecanismo constitucional que permite ao gabinete destituir um presidente se ele for considerado inapto para o cargo.

Eduardo Bolsonaro e amigos com bandeira usada por supremacistas brancos