Sequência de tuítes ensina como derrubar Bolsonaro

Atualizado em 20 de março de 2021 às 13:25
Protestos contra o governo Bolsonaro.

A podcaster Ana Freitas, do BrainCast, em seu twitter, divulgou uma sequência de tuítes com uma série de medidas simples e que, se adotadas em massa, podem ajudar a enfrentar o bolsonarismo nas redes e fora delas. São elas:

“Não dá mais, a gente tem que tirar esse cara de lá. O que eu posso fazer?”

Aqui vai um guia prático de ações cotidianas que, executadas em massa, podem ajudar a aumentar as chances de impeachment e, no médio prazo, diminuir as chances de reeleição para Bolsonaro. Vem comigo:

1) Panelaços, twittaços, petições parecem inúteis, mas não são. Todas essas movimentações criam fatos políticos que aumentam a temperatura da panela de pressão e os parlamentares sentados em processos de impeachment sentem isso. No conjunto, contribuem sim. Então engajem o qtopuderem em ações como estas.

 

2) Discursos que apontam o dedo para ex-bolsonaristas, dizem “eu avisei” e colocam a culpa nesses grupos pela tragédia são contraproducentes. Eu sei que é difícil e eu sei que, sim, é preciso responsabilizar as pessoas. Mas estou sendo pragmática aqui: mais importante do que estar certo é tirar do poder o mais rápido possível o genocida que está permitindo a morte de 3mil+ pessoas por dia. Então quando alguém que vc sabe que já esteve ao lado de Bolsonaro manifestar arrependimento, acolha. Há muitos ex-bolsominions no armário por medo de serem atacados ao assumirem o erro. Neste momento, precisamos de todas as vozes contra Bolsonaro.

3) Comprem as brigas que valham a pena. Não adianta bater a cabeça com quem é extremista, mas adianta sim tentar dialogar com quem não é. O núcleo duro de apoio ao Bolsonarismo no Brasil é de aprox. 20% da população. 30% rejeita ele em qualquer cenário. Tem outros 50% pra gente convencer a rejeitar o Bolsonaro em qualquer cenário, inclusive agora.

4) Identifiquem os conteúdos e as peças que não caçoem ou ridicularizem Bolsonaristas, pois esses não vão convencer ninguém a se mobilizar. Circule nos grupos de família e, nos grupos fora da sua bolha e, muito importante, no status do Whatsapp, vídeos que você perceba que conversam com todas as audiências, como o Bolsocaro e ou Bolso Família por exemplo. Esses vídeos atacam o Bolsonarismo num lugar muito óbvio, com humor bom e unânime, em pontos difíceis de discordar e que afetam todo mundo. O mesmo vale pra estética. Se for montar peças ou compartilhar, lembre-se da estética do que circula for das bolhas de esquerda. Os memes são pixelados, têm montagens toscas e usam muito verde e amarelo e sensacionalismo na linguagem. Procure esse tom.

5) Conectado com isso, conheça sua audiência. Você precisa entender como o grupo que você quer convencer pensa, e não tentar convencê-los com um argumento que funcionaria pra você.

6) Por fim, mas não menos importante: trabalhamos muito tempo com o uso do racional na linguagem, e emoção na estratégia. Digo, o campo progressista. Eles trabalharam com razão na estratégia e emoção na linguagem, e ganharam. Precisamos usar razão na estratégia e emoção na linguagem. Estamos em um momento extremamente propício para dissuadir pessoas do Bolsonarismo. Não desperdicem com orgulho. Frieza e foco, tem um futuro pós-Bolsonarismo nos esperando, por mais que seja difícil demais de enxergar agora, e a gente precisa acreditar nisso pra fazer o necessário pra que ele seja construído. Resista.

Ah, mais uma coisa: se você chegou aqui, RT e compartilhe essa thread com seus amigos de esquerda em grupos, no zappers, no feice, onde for. A esquerda precisa usar armas mais inteligentes de comunicação contra o Bolsonarismo, hoje e até que ele e filhos estejam longe do governo.