
O depoimento da Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, à CPI da Covid começou de forma apagada para quem imaginava polêmica e revelações bombásticas.
Em declaração recente, Wajngarten disse que partiu do marqueteiro do general Eduardo Pazuello, Markinho Show, insinuações de que ele tinha interesses pessoais ao tentar viabilizar a aquisição de vacinas da Pfizer.
O ex-secretário de Comunicação da Presidência acusou o marqueteiro de Pazuello de ter espalhado boatos de que ele estaria se beneficiando pessoalmente caso o negócio entre o governo e a farmacêutica americana fosse concretizado.
“Nunca fiz nenhum ataque ao ministro Pazuello, nunca falei dele. Aí me surge um marqueteiro genial chamado Markinho Show, que resolve soltar notas para todos os jornalistas de Brasília para me atacar… Foi a a gota d’água para eu sair do governo”, relatou o publicitário, após dizer que a gestão de Pazuello no ministério da Saúde foi marcada por “incompetência e ineficiência”.
Na CPI, Wajngarten negou tudo e está apenas se esquivando das perguntas formuladas pelo relator Renan Calheiros, defendendo o governo e Jair Bolsonaro.
“As declarações do presidente pertencem a ele”, disse após Renan enumerar diversas declarações negacionistas de Bolsonaro durante a crise da pandemia.
Renan queria saber que impacto as declarações do presidente teria no imaginário da população em meio ao caos da pandemia: “Pergunte a ele”, devolveu Wajngarten.
?? Questionado pelo relator Renan Calheiros sobre quem orientava os discursos e posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro, o ex-secretário Fábio Wajngarten respondeu: "pergunte a ele".
A resposta de Wajngarten acabou ocasionando uma leve discussão na #CPIdaPandemia. pic.twitter.com/5DpTXYPjd5
— Eixo Político (@eixopolitico) May 12, 2021