Ataque hacker ao Ministério da Saúde foi farsa, denuncia Anonymous

Atualizado em 12 de dezembro de 2021 às 10:05
Veja o Anonymous
Anonymous. Foto: Wikimedia Commons

Ao que tudo indica, o suposto ataque registrado ao Ministério da Saúde, no qual “50 Terabytes” de dados teriam sido roubados, era mentira. Um perfil do Anonymous diz que não houve ransomware e sim apenas um redirecionamento de DNS, sem perda de dados para o governo Bolsonaro.

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O que diz o Anonymous

Isso foi falado por um perfil brasileiro do Anonymous, chamado EterSec.

“O ataque direcionado ao site do SUS não se trata de um ransomware, o fato que realmente aconteceu é que o site ocorreu um redirecionamento de DNS (que é como o seu serviço de internet resolve o caminho dos sites)”.

De acordo com eles, o endereço IP ligado ao ministério da saúde está hospedado no Japão. Lá estava armazenada a ameaça de ransomware (falsa) dizendo que baixaram 50 TB de dados do contribuinte. E isso não é verdade.

Depois a própria Polícia Federal confirmou a informação.

Eles disseram o seguinte:

“Foi constatado que os bancos de dados de sistemas do Ministério da Saúde não foram criptografados pelos hackers.

A PF instaurou inquérito policial nesta tarde para apuração de autoria e materialidade dos crimes de invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço informático, telemático ou de informação de utilidade pública e associação criminosa”

Em coletiva de imprensa na tarde de sexta (10), o Ministério da Saúde não mencionou “ransomware”, mas apenas “incidente”. O que aconteceu é um internauta mudou dados na Amazon Web Services.

Isso confirma uma informação exclusiva que o DCM deu na própria sexta-feira.

Disse o Diário naquele dia:

“O ataque hacker no sistema do Ministério da Saúde fez os políticos criarem teorias em Brasília. Muitos parlamentares, principalmente da oposição, não descartam a possibilidade de toda essa confusão ser uma farsa”.

Pois é.

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Pedro Zambarda de Araujo
Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com