Wassef, advogado de Bolsonaro, vira réu por racismo

Atualizado em 17 de fevereiro de 2022 às 19:45
Wassef, advogado de Bolsonaro, vira réu por racismo. Ele tem pele parda, fala ao microfone, usa terno preto e gravata azul.
Advogado agrediu verbalmente funcionárias de uma pizzaria. Foto: Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro (PL), virou réu pelos crimes de racismo e injúria racial nesta quinta-feira (17). A decisão é da 3° Vara Criminal de Brasília, que recebeu a denúncia movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Diante da acusação, o advogado foi condenado a pagar indenizações que chegam a R$ 50 mil no total.

A denúncia acusa o comportamento racista de Frederick Wassef em uma pizzaria em Brasília. Em uma das situações, ele teria dito que não queria ser atendido pela garçonete, “Você é negra e tem cara de sonsa e não vai saber anotar meu pedido”. Em outro episódio, Wassef chamou a funcionária de “macaca”.

“O comportamento do denunciado reproduz a perversa divisão dos seres humanos em raças, superiores ou inferiores, resultante da crença de que existem raças ou tipos humanos superiores e inferiores”, afirmou o Ministério Público.

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Segundo a denúncia, o MP quer que Wassef pague o valor de R$ 20 mil por danos morais à vítima e R$ 30 mil por danos morais à sociedade, além da condenação nos crimes previstos no Código Penal e na lei dos crimes relacionados ao preconceito de raça e cor.

Wassef, no entanto, disse que os fatos nunca aconteceram e que está sendo vítima de denúncia caluniosa.

“A menina (denunciante) narrou uma coisa que nunca aconteceu. Sou vítima de denunciação caluniosa “, declarou o advogado.

Ele ainda disse que a promotora do caso foi substituída para perseguir Wassef.

“Crimes e fraudes foram cometidas para me incriminar. Hoje a vítima sou eu”, completou.

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