A embaixada do Brasil na Ucrânia informou, nesta sexta-feira (25), que não garante segurança para os brasileiros que estão deixando o país “por conta e risco”. Um trem partiria da Estação Central de Kiev, às 18h (horário de Brasília), com destino à cidade de Chernivtsi. Ainda não se sabe se brasileiros conseguiram embarcar.
Ainda de acordo com a embaixada, a prioridade deveria ser dada a mulheres, crianças e idosos. Isso porque não seria possível garantir lugar para todas as pessoas.
Leia mais:
1- Governo Bolsonaro abandona brasileiros à própria sorte na Ucrânia
2-Deputado do PDT cobra ajuda a brasileiros na Ucrânia
3- Embaixada do Brasil na Ucrânia pede que brasileiros deixem o país
“Cidadãos farão viagem por conta e risco”, disse Embaixada
“Viajantes que tenham sucesso em partir com o trem deverão ter em conta relevantes dificuldades na chegada, onde há problemas com a falta de hospedagem, transporte para a fronteira, bem como longas filas na imigração. Os cidadãos que decidirem escolher essa viagem o farão por conta e risco próprio”, diz o comunicado.
A embaixada também comunicou que “a situação de segurança e de disponibilidade de transporte na cidade é instável” e que mudanças podem ocorrer a qualquer momento. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram pessoas na estação aguardando o trem.
Itamaraty descarta operação de resgate
O governo da Argentina chegou a pedir ao Brasil ajuda no resgate de seus cidadãos. Outros países da região também apelam ao Brasil para serem incluídos na operação.
Apesar disso, Itamaraty descartou qualquer operação. Segundo embaixador, resgatar brasileiros que estão em meio ao conflito com a Rússia seria operação inviável no momento atual.
“Sobre a existência de plano de resgate, não há. A Embaixada do Brasil ou de qualquer país não tem condição de fazer uma operação de resgate no momento, que envolveria gente daqui, uma chegada à Ucrânia e uma retirada das pessoas de lá. Já a evacuação comporta a retirada de pessoas do país por meios próprios ou por meio do governo brasileiro que já está lá”, informou o secretário de Comunicação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Leonardo Gorgulho.