Bolsonaro mandou Defesa reagir à declaração de Barroso

Atualizado em 25 de abril de 2022 às 8:03
Jair Bolsonaro

De acordo com o jornalista Josias de Souza, colunista do UOL, partiu do presidente Jair Bolsonaro (PL) a ordem para que o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, respondesse às declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso.

O ministério comandado pelo militar divulgou uma nota em que chamou de “irresponsável” e considerou “ofensa grave” a afirmação do magistrado sobre as Forças Armadas estarem sendo “orientadas” para atacar o processo eleitoral.

Apesar de não ter sido citado explicitamente como o motivador da resposta a Barroso, o presidente “vestiu a carapuça”, segundo Josias. Ele lembrou que Bolsonaro, quando Barroso estava a duas semanas de deixar a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), “declarou que o órgão ‘ficou em silêncio’ ao receber ‘dezenas de vulnerabilidades’ identificadas pelo Exército no sistema eletrônico de votação”.

Já neste domingo (24), ao recordar essa declaração, Bolsonaro afirmou que Barroso é “obrigado” a exibir provas de suas acusações. A nota do general Paulo Sérgio chamou atenção justamente para isso.

“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas instituições nacionais permanentes do Estado brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, diz um trecho do comunicado.

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Davi Nogueira
Davi tem 25 anos, é editor e repórter do DCM, pesquisador do Datafolha e bacharel em sociologia pela FESPSP, além de guitarrista nas horas vagas.