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Nesta quarta-feira (11), esposas de soldados uranianos, do batalhão de Azov, considerado neo-nazistas, se reuniram com o Papa Francisco no Vaticano para pedirem ajuda do chefe religioso diante das situações atuais no território em guerra.
Na reúnião, que aconteceu após a audiência geral do chefe da igreja católica na Praça de São Pedro, no Vaticano, uma das esposas, Kateryna Prokopenko, falou sobre a esperança da ajuda do Papa.
“Esperamos que este encontro lhes salve a vida. Estamos prontos para a ação do Papa, da sua delegação, os nossos soldados estão prontos a baixar as armas em caso de retirada para um país terceiro”, declarou Kateryna, esposa do combatente Denis Prokopenko.
“Pedimos para ele visitar a Ucrânia e falar com Putin para que vá embora. Sobre isso, ele não respondeu, mas disse que rezará por nós”, continuou
Yulia Fedosiuk, também uma das esposas, falou sobre a situação dos soldados que estão presos em fábrica cercada pelas forças russas. “Dissemos ao Papa que 700 dos nossos soldados estão feridos, que sofrem de gangrena, amputações (…). Muitos deles estão mortos, não conseguimos enterrá-los
Ainda de acordo com Prokopenko e Yulya Fedosiuk, já haviam enviado uma carta ao pontífice e receberam um convite para se encontrar com o líder católico após a audiência geral desta quarta.
“É uma situação terrível. Até a água dos encanamentos da siderúrgica está acabando. Não podemos ficar só olhando essas notícias terríveis. A cada dia, morrem um ou dois soldados feridos”, reiteram elas.
A cidade portuária de Mariupol está quase inteiramente sob o controle das forças russas, que ainda não conseguiram entrar na fábrica de aço, apesar de a terem praticamente destruído com bombardeamentos. Segundo autoridades de Kiev, mais de mil soldados continuam resistindo no cerco militar nas galerias subterrâneas do complexo metalúrgico. Os civis refugiados foram retirados na semana passada, com a ajuda da ONU e da Cruz Vermelha.