O pré-candidato a presidente João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (23), em coletiva de imprensa, que não é a escolha da cúpula do PSDB e, por isso, retirou seu nome da disputa para as eleições 2022. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa e que contou com a presença de diversos apoiadores, em que ele fez um discurso e se emocionou ao agradecer o apoio de quem estava ao seu lado.
Ele iniciou falando sobre sua carreira vitoriosa na política. “No PSDB, disputei três prévias, para prefeitos, para governador e para presidente. Venci as prévias em 2016, depois venci as eleições da maior cidade do país no primeiro turno, fato inédito. Tenho orgulho de tudo o que fiz e saudades do meu amigo Bruno Covas”, iniciou o ex-governador de São Paulo.
Ele prosseguiu contando a história. “Em 2018 novamente disputei as prévias para governador, mais uma vez venci as prévias e venci as eleições. Tenho orgulho de ter feito uma grande gestão no estado, reconhecido até mesmo para adversários. Fui o primeiro a lutar para trazer 124 milhões de doses de vacinas para o Brasil ao enfrentar o desafio da Covid-19. Deixei o governo de São Paulo em boas mãos, Rodrigo Garcia está indo muito bem o que certamente o fará ser eleito”, lembrou.
Depois, ele contou sobre as prévias em São Paulo. “Em dezembro mais uma vez disputei as prévias para ser candidato a presidente da república e mais uma vez venci. Agradeço aos eleitores da cidade de São Paulo, aos moradores do estado e aos militantes do PSDB, agradeço também a quem está se manifestando ao apoio a mim, mesmo antes do início da campanha”, falou, já iniciando o anúncio oficial.
Por fim, Doria fez a declaração esperada. “Hoje, 23 de maio, entendo que não sou o escolhido da cúpula do PSDB, com serenidade e irei apoiar a decisão. Saio com sentimento de gratidão e sabendo de tudo o que fiz foi pensando no bem da população”, encerrou sob aplausos ao falar da família, que ele queria preservar e emocionado.
Doria abandona a corrida eleitoral após tentar forçar sua candidatura, mesmo contra a vontade do PSDB, o que gerou uma guerra interna na legenda, que optou por apoiar Simone Tebet (MDB), como o nome da terceira via. Com saída dele, resta saber para onde irão os 3% dos eleitores que manifestavam interesse em votar nele, segundo as últimas pesquisas.