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Há uma divisão entre os evangélicos identificados com a esquerda e os que tendem para a direita, segundo a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (7).
De acordo com o levantamento, que formulou uma série de perguntas sobre temas como drogas, homossexualidade, impostos e armas para decifrar o mosaico ideológico do país, 41% dos evangélicos entrevistados deram respostas mais inclinadas à esquerda. Desconsiderando o recorte religioso, a média sobe para de brasileiros que pendem mais para a esquerda é 49%.
Na parcela dos que se denominam crentes, 37% têm um perfil de direita – em um empate técnico com os de esquerda – e 22%, de centro. No geral, desconsiderando filiações de fé, são 34% e 17%, respectivamente.
Portanto, segundo o levantamento, o evangélico é sim menos progressista do que a média nacional, mas não é totalmente oposto à esquerda como muitos pastores pintam.
Evangélicos se dividem entre Lula e Bolsonaro
A pesquisa Datafolha, divulgada no último dia 27, aponta que o eleitorado evangélico do país está dividido entre apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
39% desse grupo afirmam que pretendem votar no chefe do Executivo, enquanto 36% escolhem o ex-presidente. Sem contar os indecisos ou quem vota nulo/branco, são 44% de evangélicos com Bolsonaro, e 40% com Lula.
Em um eventual segundo turno, Bolsonaro sairia vitorioso, mas com uma distância dentro da margem de erro. 47% dos evangélicos votariam no atual presidente, enquanto 45% votariam no petista.
O Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 181 cidades nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro para o recorte religioso (27% dos entrevistados eram evangélicos) é de quatro pontos percentuais, já no recorte geral a margem é de dois pontos, para mais ou para menos.