
Foto: Reprodução
Contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a partir desta terça-feira (28), o Palácio do Planalto deve intensificar a tentativa de barrar a investigação no Senado sobre o esquema de corrupção no Ministério da Educação envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro e os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton.
A articulação é tocada pelo novo líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) e também irá ser reforçada com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Portinho apostava em uma resistência Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a instalar uma CPI às vésperas da campanha eleitoral. O Planalto, porém, não quer depender de Pacheco, que é visto com desconfiança por apoiadores Bolsonaro, e pretende intensificar as conversas para tentar convencer senadores a retirarem seu nome da lista de apoio.
Até o momento, há 28 assinaturas, o que já é uma a mais para a abertura da comissão, porém, alguns senadores podem desistir por conta da aproximação do período eleitoral. O que para aliados do Planalto a CPI poderia ser afetada os quais estão buscando convencer outros senadores a desistir pois afirmam que já existe investigação em curso da Polícia Federal e da própria Controladoria-Geral da União.
Além disso, Portinho tem tentado convencer Pacheco a barrar a comissão do MEC, o qual alega ter outros pedidos de ao menos três CPIs, sobre obras paradas do MEC em gestões passadas, sobre a atuação do narcotráfico no Norte e Nordeste do país, e uma a respeito da atuação de ONGs na Amazônia.
Líderes governistas do Senado ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso Pacheco decida abrir a CPI antes das outras comissões. O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), deu até esta terça-feira (28) como prazo para protocolar o pedido.
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