Zambelli passa pano para Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual

Atualizado em 29 de junho de 2022 às 12:17
Zambelli posta foto de Pedro Guimarães, que teve acusação de assédio divulgada horas antes
Carla Zambelli (esquerda) e Pedro Guimarães (direita)

Na última terça-feira (28) a deputada federal Carla Zambelli (PL), publicou uma foto em seu perfil no Twitter do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. A publicação foi feita horas após serem divulgadas denúncias de que ele assediou sexualmente  servidores do banco.

A parlamentar publicou uma foto do presidente abraçando uma idosa. A foto não tem legenda, apenas dois emojis, um de polegar e um da bandeira do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL), em conversa no Palácio da Alvorada com o presidente da Caixa, teria dito que as denúncias de assédio sexual são “inadmissíveis”.

Guimarães teria dito ao presidente que pretende “se defender na Justiça”. Além disso, o executivo deve anunciar a saída da instituição nesta quarta-feira (29).

O Ministério Público Federal (MPF) tem investigado as denúncias de assédio sexual do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Foram divulgados cinco relatos de funcionárias da Caixa de assédios do presidente.

Uma das funcionárias relatou os assédios e afirmou que não foi apenas uma vez. “Eu considero um assédio. Foi em mais de uma ocasião. Ele tem por hábito chamar grupo de empregados para jantar com ele. Ele paga vinho para esses empregados. Não me senti confortável, mas, ao mesmo tempo, não me senti na condição de me negar a aceitar uma taça de vinho. E depois disso ele pediu que eu levasse até o quarto dele à noite um carregador de celular e ele estava com as vestes inadequadas, estava vestido de uma maneira muito informal de cueca samba canção. Quando cheguei pra entregar, ele deu um passo para trás me convidando para entrar no quarto. Eu me senti muito invadida, muito desrespeitada como mulher e como alguém que estava ali para fazer um trabalho. Já tinha falado que não era apropriado me chamar para ir ao quarto dele tão tarde e ainda me receber daquela forma. Me senti humilhada”.

Segundo uma das funcionárias, às vezes o constrangimento era na frente de outros colegas e também em viagens que o presidente da Caixa faz pelo país. “Eu sabia da fama dele já, então eu me reservei o máximo possível. E aí ele: ‘não, mas abraça direito. Abraça direito, porque é… você não gosta de mim’. Aí na hora que ele, na terceira vez que ele fez eu abraçar ele, ele passou a mão na minha bunda”, relatou outra funcionária, uma vez que Guimarães pediu um abraço mas tentou assedia-la.

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