
O núcleo de campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) está desesperado com os prejuízos que o assassinato do militante petista, Marcelo Arruda, por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR) no último sábado (9), podem trazer faltando poucos meses para as eleições.
A avaliação é que o caso prejudica o discurso pró-armas de Bolsonaro e reforça a imagem agressiva do presidente, atrapalhando os planos de “furar a bolha” composta apenas por seus apoiadores, para que conquiste votos dos eleitores indecisos.
Para fugir do prejuízo eleitoral, Bolsonaro foi orientado a repudiar o ocorrido ainda no domingo. A estratégia da campanha é lamentar a morte do petista, mas lembrar a facada sofrida pelo presidente na campanha de 2018. Além disso, também devem ser usados os argumentos sobre as manifestações de apoiadores de Bolsonaro, dizendo que elas são pacíficas, sem ocorrências de brigas e quebradeira, e atribuir às manifestações de esquerda episódios violência.
No Twitter, o chefe do Executivo condenou o caso, mas culpou a imprensa por incitar a violência. A publicação foi considerada aquém do esperado pelos aliados. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha do pai, precisou ser mais contundente.
“É uma aberração. Um ato absurdo. A gente não concorda. Não precisamos ter Adélios do nosso lado e sou contra essa atitude. Vamos ganhar essa eleição no voto”, disse Flávio à colunista Bela Megale, do GLOBO, mencionando Adélio Bispo, autor da facada no então candidato a presidente, Jair Bolsonaro, nas eleições de 2018.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link