
Por Luis Felipe Miguel
A reação de Bolsonaro ao homicídio cometido por seu correligionário é uma declaração de culpa.
Diz a imprensa que parte de sua equipe de campanha, principalmente o pessoal do Centrão, esperava um repúdio firme ao crime. Será?
Bolsonaro nunca recua da apologia à violência. Achar que ele vai modular o discurso para minimizar as tensões é o tipo da ingenuidade marota de quem está abraçado ao capeta, tem vergonha, mas não quer largar.
E Bolsonaro sabe o que faz. A intimidação dos adversários é, para ele, a estratégia dominante, mais ou menos no sentido que a expressão tem na teoria dos jogos. Serve para qualquer cenário: campanha eleitoral, tentativa de golpe ou evitar ser preso depois de sair do cargo.
Se nos curvamos à intimidação, estaremos derrotados. É hora de tirar as bandeiras da gaveta, vestir as camisetas, colocar os adesivos nos carros. Mostrar que somos muitos é o primeiro passo para baixar a bola dos extremistas hidrófobos.
Marcelo Arruda foi assassinado na frente da sua família durante a sua festa de aniversário. Ele era pai de 4 filhos.
Solidariedade de Bolsonaro com a família? ZERO. Solidariedade com o assassino que após ter MATADO o Marcelo foi chutado no chão? TOTAL.
BOLSONARO DEFENDE BANDIDO pic.twitter.com/Gt3TudqZ4V
— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) July 12, 2022