
Foto: Reprodução
O delegado Victor Neves Feitosa Campos, que investigou o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse em depoimento à Polícia Federal que não há indícios de que a ação pudesse ter manipulado votos, gerado fraude ou problemas na integridade das urnas.
O discurso do delegado rebate as declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro (PL) feitas durante reunião com embaixadores estrangeiros nesta segunda-feira (18).
Victor Campos depôs na investigação aberta a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Bolsonaro utilizar o inquérito para justificar seus ataques sem provas ao sistema eleitoral brasileiro.
“Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas —muito à vontade dentro do TSE. E [a Polícia Federal] diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro”, disse o presidente aos embaixadores.
Essa não foi a primeira vez que Bolsonaro usou a investigação para atacar as urnas. Em 4 de agosto de 2021, ele fez uma live e divulgou nas redes sociais a cópia do inquérito como forma de reforçar a sua teoria sobre fraudes nas urnas.
Após a divulgação, Moraes pediu que a PF abrisse uma investigação. Na apuração, foi concluído que o presidente atuou “com o nítido desvio de finalidade e com o propósito de utilizá-lo (o inquérito) como lastro para difusão de informações sabidamente falsas”, o delegado negou ter encontrado indícios de fraude nas urnas.
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