Na próxima semana, dia 11 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria um evento com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e um jantar com empresários do grupo Esfera Brasil; no entanto, ele cancelou sua presença em ambos compromissos.
O chefe do Executivo está desde terça-feira (2) ameaçando não ir à Fiesp, especialmente após o conselho que recebeu de aliados, que afirmaram que o melhor era não comparecer ao encontro para evitar “constrangimento”. Nesta quarta-feira (3), ele realmente acatou a sugestão e não participará.
Na mesma data em que estavam marcados os encontros, aconteceria a leitura da carta pela democracia da Faculdade de Direito da USP, e do manifesto pró-democracia, assinado pela própria Fiesp e por entidades como o Febraban (Federação Nacional dos Bancos).
Todos esses ”eventos” ocorrendo no mesmo dia poderiam causar uma saia justa ao presidente, que levantou uma declarada bandeira contrária aos movimentos pró-democráticos.
Embora a Fiesp e o grupo Esfera Brasil sejam organizações apartidárias que têm recebido lideranças de todos os segmentos políticos para reuniões e debates, a circunstância poderia transformar o encontro do presidente em algo focado nos atos democráticos do dia.