Militares e aliados tentam convencer Bolsonaro a desistir do 7 de setembro em Copacabana

O presidente aumentou o risco de tumultos ao envolver um desfile militar em um ato político, o que preocupa seu núcleo próximo

Atualizado em 9 de agosto de 2022 às 11:35
Jair Bolsonaro no ato golpista de 7 de setembro na Avenida Paulista
Jair Bolsonaro no ato golpista de 7 de setembro na Avenida Paulista. Foto: Reprodução

A tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de transferir o desfile militar que acontecerá no 7 de setembro, feriado do Dia da Independência, não tem sido apoiada por seus aliados, já que tanto a cúpula das Forças Armadas, quanto o núcleo de sua campanha à reeleição tentam o convencer de mudar de ideia.

De acordo com fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo, o assunto já foi discutido no Quartel General do Exército, em Brasília na semana passada em uma reunião que o comandante, Marco Antônio Freire Gomes, e oficiais do Alto Comando estavam presentes.

Os coordenadores da campanha também têm sugerido que o presidente faça seu ato político no dia 7 sem militares e sem proferir ataques às urnas eletrônicas. Dentre os envolvidos nesse esquema para convencer Bolsonaro, está Walter Braga Netto, general da reserva que também é vice na chapa do presidente.

Todo esse esforço não está voltando apenas para a segurança do mandatário, mas também com a do próprio público durante o evento. Ao misturar uma parada militar tradicional com um ato político, Bolsonaro aumentou os riscos de tumultos na data.

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