Bolsonaro se convidou para encontro com banqueiros na Febraban

Seu núcleo de campanha viu a tentativa como uma forma de amenizar as reações da população à postura negativa do presidente ao manifesto pró-democracia

Atualizado em 9 de agosto de 2022 às 17:48

 

Jair Bolsonaro. Imagem: Reprodução.bolsonaro

O encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com banqueiros da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não foi articulado pela própria instituição, e sim por integrantes do governo federal.

Como revela a Folha de S. Paulo, no mínimo três aliados do presidente, das áreas econômica e política do governo, procuraram integrantes da alta cúpula da federação para organizar um encontro dele com os banqueiros.

No dia 27 de julho, a Febraban assinou o manifesto pró-democracia organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) e, logo em seguida, começou a ser procurada pelos interlocutores de Bolsonaro em busca de um encontro.

Apesar de o mandatário nunca ter sido citado, o documento é uma resposta indireta às suas recentes declarações consideradas golpistas, e seus insistentes comentários questionando a confiabilidades das urnas eletrônicas.

Desde o início, o presidente foi contra a iniciativa da carta pela democracia, dizendo que os banqueiros e empresários que assinaram eram ”sem caráter”, ”caras de pau” e até mesmo ”mamíferos”.

No entanto, foi avaliado pelo seu núcleo de campanha a reeleição que as respostas de Bolsonaro ao manifesto poderiam dificultar ainda mais sua permanência no cargo. E então, optaram por tentar reverter o quadro e amenizar a imagem do chefe do Executivo com o grupo.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link