O painel do fascismo emporcalha a cidade. Por Moisés Mendes

Atualizado em 15 de agosto de 2022 às 6:55
Painel instalado em edifício residencial de Porto Alegre convoca para atos de 7 de Setembro e sugere que eleições opõem o Brasil a comunistas, associados ao PCC, à censura e ao narcotráfico. Foto: Reprodução

Por Moisés Mendes

O painel fascista com ataques às esquerdas, que tomou toda a parede de um prédio de Porto Alegre e virou notícia nacional, expõe o tamanho da baixeza da extrema direita.

E ao mesmo tempo mostra que não há como esperar que setores comprometidos com a democracia ofereçam uma resposta no mesmo nível.

Em todas as suas manifestações, o fascismo estará sempre um degrau abaixo, perto do esgoto, pela postura amoral (nem imoral é) e sem escrúpulos. O painel imundo da extrema direita emporcalha a cidade.

Não há como descer tão baixo para oferecer uma reposta contundente do mesmo tamanho e com o mesmo tom.

É impossível. O baixo nível do fascismo é inalcançável.

A resposta virá em outubro.

(É óbvio que não irei reproduzir aqui nenhum dos painéis que o bolsonarismo distribuiu por Porto Alegre)

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CHATOS E SUPREMACISTAS
Sertanejos são machistas, são propagandistas do latifúndio grileiro e do agro é pop e são bolsonaristas.

E a atriz e cantora Jeniffer Dias lembrou de outro detalhe no Altas Horas: ela não conhece cantor sertanejo negro.

João Paulo, que fazia dupla com Daniel, morreu há muito tempo.

A alma sertaneja que está aí é a mesma da direita branca da extrema direita.

As letras das músicas, as atitudes e as falas dos cantores são machistas e supremacistas, mesmo que dissimuladas.

Texto originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES

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Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/