
Após o debate entre os presidenciáveis neste domingo (28) a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) fechou os olhos para os ataques feito às mulheres pelo ex-capitão e vai insistir no discurso em torno de corrupção contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em futuros confrontos.
Durante o debate, Bolsonaro perguntou ao petista se ele queria voltar ao poder para continuar a corrupção na Petrobras. Lula, por sua vez, afirmou que “inverdades não valem a pena na TV”, assim como “citar números mentirosos”, e listou medidas anticorrupção de seu governo, entre as quais a criação do Portal da Transparência e da Lei de Acesso à Informação.
A campanha do chefe do Executivo avalia que ele se saiu bem, uma vez que tinha orientações a serem seguidas. No entanto, destacam como muito ruim a atitude do presidente em ataques mulheres, nas figuras da jornalista Vera Magalhães e da candidata Simone Tebet (MDB).
Integrantes da campanha minimizaram, porém, os efeitos eleitorais dos ataques de Bolsonaro. Para eles, as mulheres mais pobres, parcela do voto feminino que o presidente precisa atrair, não assistiram ao debate e estão mais preocupadas com questões econômicas.
Também de acordo com integrantes de sua campanha, além de ele ter sido machista, o que não contribui para angariar o voto feminino, provocou reação forte dos adversários.
Segundo aliados, a reação machista de Bolsonaro, contudo, será amplamente explorada por adversários. Diante disso, a leitura da ala do entorno do presidente é a de que seria melhor se ele participasse apenas de confrontos no segundo turno.