
Foto: Tomzé Fonseca/Futura Press/Estadão Conteúdo
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), candidata a deputada federal por São Paulo, mandou um recado nesta segunda-feira (12) para os pastores evangélicos que estão espalhando mentiras sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em época de campanha eleitoral, como a de que ele fechará igrejas caso eleito.
“Eu disse que isso era uma mentira, porque nunca se teve nenhuma movimentação de nenhuma sobrancelha fechada para nenhuma igreja [no governo Lula]. E muitos dos que usam essa mentira iam ao gabinete do presidente [Lula] fazer oração com ele”, disse Marina, sentada ao lado do petista.
Ela começou o discurso agradecendo por estar ali e fez várias menções religiosas durante a fala. O eleitorado evangélico apoia hoje majoritariamente o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a última pesquisa Datafolha, 51% desse grupo têm preferência pelo atual presidente, enquanto 28% preferem Lula. O PT atribui isso à campanha de fake news promovida por bolsonaristas, intensificada por pastores aliados do presidente.
“Vivemos uma situação complexa na realidade política do nosso país, que é como lidar com essa mistura delicada de fundamentalismo político com fundamentalismo religioso”, afirmou a ex-ministra.
O evento desta segunda em São Paulo selou a reaproximação de Lula e Marina. Eles estavam afastados desde as eleições de 2014, quando Marina concorreu contra Dilma Rousseff (PT) para presidente e apoiou Aécio Neves no segundo turno.
“Independentemente de quaisquer diferenças pessoais, tanto eu quanto Lula nunca deixamos de estar próximos”, disse Marina. “Esse é um encontro político-programático que se dá diante de um quadro grave ao país, de ameaça à nossa democracia”.
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“Vivemos uma situação complexa na realidade política do nosso país, que é como lidar com essa mistura delicada de fundamentalismo político com fundamentalismo religioso”, diz @MarinaSilva pic.twitter.com/tKxJ9MiIx5
— UOL Notícias (@UOLNoticias) September 12, 2022