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Candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), o ex-governador de SP Geraldo Alckmin (PSB) está sendo cotado para ministro da Economia em um eventual novo governo do petista, segundo a Reuters.
Fontes familiarizadas com as discussões ressaltaram que a decisão segue em aberto. A escolha do ministro será feita por Lula apenas após as eleições caso seja eleito, com o objetivo de refletir as alianças costuradas para a candidatura.
Alckmin é visto como peça-chave na campanha, como um fiador da moderação política e fiscal que o petista quer sinalizar. O ex-governador de São Paulo tem sido interlocutor de representantes de vários setores econômicos.
“Há vários candidatos que preenchem as condições para serem bons ministros da Fazenda, certamente o Alckmin é um deles, é um competente administrador, já foi governador mais de uma vez, é qualificado”, afirmou Guido Mantega, que comandou o Ministério da Fazenda entre 2006 e 2014 nos governos do PT.
De acordo com a Reuters, outras duas fontes ligadas a Lula confirmaram que o nome de Alckmin está entre os cotados para o comando da Economia em eventual governo do PT.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT) disse que Alckmin tem sido um candidato a vice “muito leal e importante no diálogo político e com atores econômicos”, afirmando que ele terá papel ativo em um eventual governo do petista.
Padilha ressaltou, porém, que a escolha do ministro para liderar a equipe econômica não será antecipada, enquanto o foco é a vitória nas eleições.
“Alguns atores econômicos se acostumaram com modelo Bolsonaro, de presidente que precisava terceirizar política econômica e apresentar o nome da economia desde o começo da campanha porque não tinha credibilidade”, disse o deputado.
“O presidente Lula é diferente do Bolsonaro, não é figura desconhecida; pelo contrário, ele liderou o país no seu melhor momento econômico de crescimento, redução da desigualdade e com saúde das contas públicas. O presidente Lula está mais experiente e se associou a um vice que também tem histórico responsável do ponto de vista de saúde das contas públicas”, acrescentou.