Em 2002, Brizola deixou Ciro de lado e declarou voto útil em Lula no primeiro turno

Atualizado em 27 de setembro de 2022 às 12:17
Lula e Brizola em evento após as eleições de 2002 — Foto: Reprodução/O Globo

No último domingo (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse durante um comício que, se Leonel Brizola “estivesse aqui, estaria do nosso lado”, destacando o posicionamento do próprio político gaúcho durante as eleições de 2002.

Naquela disputa, o PDT integrava uma aliança em torno de Ciro Gomes. No entanto, já na reta final, o fundador e então presidente do partido defendeu que a legenda deveria apoiar Lula ainda do primeiro turno, para derrotar seu principal concorrente, José Serra (PSDB).

“Eu estou vendo aqui o neto do Brizola, o Leonel. Se o Brizola estivesse aqui, o Brizola estava junto conosco aqui pedindo ‘fora, Bolsonaro’. Eu tenho certeza disso, eu tenho certeza absoluta que o Brizola estaria do nosso lado”, disse o petista.

Em 2002, Ciro era filiado ao PPS (atual Cidadania) e disputava a Presidência pela segunda vez, liderando a Frente Trabalhista, que incluía ainda o PTB e o PDT de Brizola. Uma semana antes do primeiro turno, a campanha de Ciro promoveu um evento de lançamento de seu programa de governo, mas Brizola não compareceu. Naquela ocasião, o fundador do PDT já havia defendido apoio ao petista.

De acordo com O Globo, Brizola já vinha discutindo a hipótese de Ciro se retirar da disputa presidencial em favor do petista, com o objetivo de ajudar Lula a derrotar o então rival José Serra (PSDB) ainda no primeiro turno. Carlos Lupi, que hoje ocupa a presidência nacional da legenda, também apoiava a opinião de Brizola.

“Num segundo turno entre Serra e Lula, fico com o sapo barbudo. Mas, se sentir que dá para ele ganhar no primeiro, vou orientar que o PDT vote em Lula agora”, discursou Brizola.

Lula venceu o primeiro turno com 46% dos votos válidos. Serra somou 23%, e conseguiu levar a disputa para o segundo turno. Ciro terminou a corrida eleitoral com 11%. No segundo turno, o hoje pedetista, declarou apoio ao petista que se elegeu presidente com 61,27% dos votos válidos.

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