Filas, PMs baleados, paulada em urna e mesária bolsonarista marcam votação neste domingo

Atualizado em 2 de outubro de 2022 às 19:00
Urna eletrônica quebrada
Urna eletrônica foi quebrada a pauladas em Goiânia (GO) – Reprodução

Além das manifestações políticas e da expectativa em relação ao resultado das eleições para presidente, governador e deputados, o pleito deste domingo (2) foi marcado por longas filas dentro e fora do Brasil, violência e tragédias. Na Escola Estadual Deputado Aurélio Campos, na Cidade Dutra, zona sul de São Paulo, dois policiais militares foram baleados.

Os PMs faziam a segurança do colégio quando dois homens armados atiraram diversas vezes e os atingiram, deixando-os em estado grave. Um dos policias foi atingido na cabeça e no ombro, enquanto o outro levou tiros no abdômen e na mão. Apesar do crime, a escola continuou funcionando para receber os eleitores, mas com policiamento reforçado. Dois suspeitos foram presos, divulgou depois a polícia.

Já em Carolina, no Maranhão, Marcelo Câmpelo, presidente do Partido Liberal da cidade, foi preso em flagrante após efetuar disparos contra um carro onde estavam supostos adversários políticos. O crime aconteceu nesta madrugada e, de acordo com Paloma Seixas, uma das vítimas, ela, a irmã e o cunhado estavam passando em frente ao Comitê de um partido político quando o veículo foi atingido pelos tiros.

Armas brancas também foram utilizadas em episódios violentos neste dia de primeiro turno. Em Cerro Grande, no Rio Grande do Sul, um homem de 63 anos usou uma faca para atacar um policial militar em um local de votação. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), um mesário chamou a Brigada Militar quando percebeu que o eleitor portava uma faca e, ao ser abordado, ele reagiu, ferindo o PM no braço. O homem foi preso.

Já em Goiânia, Goiás, um homem entrou com um pedaço de madeira escondido no guarda-chuva e quebrou uma urna eletrônica a pauladas. O caso aconteceu por volta das 13h e, segundo testemunhas que aguardavam para votar no momento em que tudo aconteceu, o suspeito gritou de forma histérica antes de quebrar a urna. Ele foi preso.

Outra urna eletrônica foi danificada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, quando um eleitor colou todos os números da urna. O homem foi levado para a Polícia Federal e passará por custódia na segunda-feira (3). Ao UOL, o advogado Joaquim Soares de Oliveira Neto disse que, em ligação, seu cliente lhe perguntou se o que havia feito era crime e ficou em pânico.

Dois casos de mal súbito também marcaram o dia. Na manhã de hoje, o empresário Fernando Lucena, marido da candidata ao governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), morreu no apartamento da família, em Caruaru. No interior de São Paulo, por volta das 12h30, um eleitor sofreu um infarto enquanto esperava para votar em Barrinha, após passar mal na fila.

Em Londres, uma mesária precisou ser retirada do local onde estava trabalhando após suspeita de boca de urna. Uma eleitora fez a denúncia após alegar ter visto a senhora tentando convencer os eleitores a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

Ainda no exterior, brasileiros enfrentaram longas filas para votar. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), quase 700 mil brasileiros que vivem no exterior estão aptos para exercer seu direito como cidadãos e, em locais como Zurique, na Suíça, e Paris, na França, os eleitores enfrentaram filas quilométricas. No Brasil também houve relatos de horas de espera, o que foi atribuído ao uso da biometria, o que ainda não é exigido em todos os locais de votação.

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