
Foto: Ricardo Stuckert
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desenvolveu uma estratégia para conquistar o eleitor de centro e mudar o rumo das coisas nos estados em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu no primeiro turno das eleições.
Segundo o jornal O Globo, Lula pretende ganhar terreno no Sul, Centro-Oeste e Sudeste com oferta de programas voltados a determinadas unidades da federação e a exploração da imagem de aliados com trajetória reconhecida em seus domicílios eleitorais.
Os petistas vão investir na desconstrução da imagem de Bolsonaro para tentar virar o jogo em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. O plano é aumentar a rejeição ao atual presidente, com base na premissa de que no segundo turno o eleitor opta pelo “menos pior”.
Lula e Fernando Haddad, candidato ao governo de São Paulo, estarão juntos em eventos, especialmente em cidades do interior. O foco está em atrair os 9,84% do eleitorado paulista que votaram em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno.
No Rio, Lula vai contar com a atuação de dois cabos eleitorais: o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), que vai coordenar as ações no estado, e Rodrigo Neves (PDT), candidato derrotado ao governo do estado.
O maior desafio para o petista é o Sul, região que o PT considera praticamente “perdida”. O plano é tentar reduzir a diferença de pouco mais de 3 milhões de votos conquistada por Bolsonaro no primeiro turno. A campanha vê o Rio Grande do Sul como a parte mais favorável da região, e vai usar figuras históricas do partido no estado, como o ex-governador Olívio Dutra e o senador Paulo Paim, para tentar avançar. Lula insistirá que Bolsonaro não conhece e não tem propostas para a região.
No Paraná, berço da operação Lava-Jato, aliados do ex-presidente querem ampliar o diálogo com religiosos e focar em micro e pequenos empreendedores, com uma campanha voltada para o centro.
Na região Centro-Oeste, Lula conta com nomes ligados ao agronegócio, como o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), na tentativa de reverter a rejeição que enfrenta. Ele tem propostas específicas para esse público, entre elas a promessa de incentivo à ampliação do crédito rural.
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