“Modo Carluxo”: como Bolsonaro quer provocar Lula no debate da Band

Atualizado em 11 de outubro de 2022 às 14:57
Presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente Lula durante debate da Globo
Foto: Marcos Serra Lima/g1

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve tomar uma posição de ataque contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro debate do segundo turno, promovido pelo UOL em parceria com Band, Folha de S.Paulo e TV Cultura no próximo domingo (16).

Segundo a colunista do UOL Carla Araújo, o chefe do Executivo pretende ativar o “modo Carluxo”, em referência ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que costuma ser agressivo nas redes sociais.

“Hoje a corrente que está ganhando força, até por decisão do presidente, é repetir o estilo que ele adotou no primeiro bloco do debate da Globo, que é um estilo mais agressivo e provocador. A avaliação é que, se Bolsonaro conseguir tirar Lula do sério, como fez o Padre Kelmon, pode ser uma coisa boa, porque ele poderia mostrar uma instabilidade do Lula. E com isso Bolsonaro eventualmente poderia conquistar alguns votos”, disse Carla no O Radar das Eleições, podcast sobre as campanhas eleitorais.

De acordo com a jornalista, há vozes divergentes na campanha de Bolsonaro. Existem os que preferem que o presidente seja mais cauteloso e foque nas ações do governo.

“Claro que tem uma ala mais política, que calcula que o presidente tem que levar uma lista e começar propositivo, mostrando auxílios e tentando colocar um viés mais institucional”, afirmou.

Porém, a decisão final é do presidente e ele pretende chamar Lula de ex-presidiário e resgatar o caso Celso Daniel, assim como fez no debate da Globo, segundo Carla.

“A avaliação é que ele não precisa só conquistar votos. Ele tem que tirar votos do Lula também”, concluiu.

O jornalista Kennedy Alencar explicou qual deve ser a postura de Lula no debate. Segundo ele, o petista não deve começar os ataques, mas não ficará no modo “paz e amor”.

“Ele vai querer falar mais de economia e comparar os dois governos. A prioridade é manter a rejeição do Bolsonaro alta e não deixar a avaliação do governo Bolsonaro melhorar. Mas não será o Lulinha paz e amor. Vai ser aquele que pediu direito de resposta no debate da Globo e foi para o enfrentamento”, afirmou Kennedy.

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