Apoio a Collor e terrorismo sob Bolsonaro: Relembre escândalos da carreira política de Roberto Jefferson

Atualizado em 24 de outubro de 2022 às 13:23
Roberto Jefferson. Foto: Reprodução

Roberto Jefferson foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1982 e, desde então, teve participação marcante em fatos recentes da história política do país. Ele defendeu Fernando Collor do processo de impeachment, delatou e foi condenado no mensalão e, a partir de 2020, aderiu ao governo Bolsonaro.

Jefferson se disse bolsonarista a partir do momento que o governo federal ofereceu cargos e verbas ao Centrão em troca de apoio político no Congresso. Com isso, o ex-deputado passou a dar constantes demonstrações públicas de apoio ao presidente e a atacar de forma virulenta instituições e autoridades da República.

Sua adesão ao bolsonarismo foi sacramentada em uma postagem no Twitter em maio de 2020, em que aparece segundo um fuzil. Após pedir a substituição dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (SFT), disse: “Estou me preparando para combater o bom combate. Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os traidores, contra os vendilhões da pátria”. E concluiu, reproduzindo o slogan de Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

A relação dele com armas, no entanto, não vem de agora. Em 1988, durante os trabalhos da Constituinte, Jefferson foi acusado de ir armado ao Congresso para resolver desavenças com o também deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). Ele negou o fato à época, mas assumiu que tinha uma coleção de armas em casa.

Alguns anos depois, Jefferson seria um dos defensores de Fernando Collor no processo de impeachment e condenado no escândalo do mensalão.

Ele é alvo, atualmente, de três inquéritos: o das fake news, o que investiga a articulação de atos antidemocráticos, e aquele das milícias digitais.

Jefferson disparou mais de 20 tiros de fuzil e lançou duas granadas contra agentes da Polícia Federal (PF) que foram até a sua casa para cumprir uma ordem de prisão na tarde deste domingo (23). Dois policiais ficaram feridos sem gravidade. O político se entregou por volta de 19h, horário de Brasília, após oito horas de cerco.

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