
Foto: Reprodução/Youtube/O Globo
Na manhã desta quinta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma cerimônia para promoção de oficiais-generais do Exército, em Brasília (DF), e novamente ficou em silêncio. No último sábado (26/11), o ex-capitão havia comparecido a outra cerimônia militar, em Resende, no sudoeste do Rio de Janeiro, mas também não fez nenhuma declaração.
Após sua derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segundo turno das eleições, há um mês, Bolsonaro tem se mostrado “mais reservado” e ficado a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente, com poucas idas pontuais até o Palácio do Planalto.
Pessoas próximas ao mandatário relataram que ele está “apático” e não se preparou para um mundo sem foro privilegiado e sem poder. O presidente só se deu conta de que estaria descoberto juridicamente e politicamente durante a apuração dos votos no segundo turno.
Ainda na manhã desta quinta, ele publicou uma foto nas suas redes sociais em que parece estar assinando documentos e trabalhando. No entanto, durante todo o mês de novembro, se manteve recluso no Palácio do Alvorada e teve poucos compromissos oficiais, mantendo uma agenda esvaziada.
Na cerimônia militar, realizada no Clube do Exército, o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) e os ministros Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral. Os quatro ministros de Bolsonaro que estavam presentes são generais da reserva.
O ex-deputado e presidente do PL, Valdemar da Costa Neto (PL), está espantado com a fraqueza apresentada pelo presidente. Em um jantar de confraternização do partido, Costa Neto esperava que Bolsonaro se colocasse como líder da oposição, mas se impressionou com o desinteresse do chefe do Executivo.
Marco Antonio Freire Gomes, o comandante do Exército, também estava presente, entretanto, igual ao presidente, não discursou no evento. Com isso, o comandante delegou a palavra ao chefe do Estado-Maior, Válerio Stumpf.