Governo Bolsonaro quer excluir 2,5 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, diz Haddad

Atualizado em 14 de dezembro de 2022 às 15:44
Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Foto: Reprodução

Durante entrevista à Globonews nesta quarta-feira (14), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o governo de Jair Bolsonaro (PL) pediu à equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a retirada de 2,5 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, pois “foram incluídos” de forma irregular.

O ex-prefeito de São Paulo não especificou qual órgão do governo teria pedido a exclusão dos beneficiários e nem detalhou a motivação ou quando ele será efetivado. Para Haddad, a ampliação do auxílio foi feita sem planejamento pelo governo Bolsonaro.

“O programa do Auxílio Brasil não foi feito para combater a fome. Foi feito para maximizar o número de votos. Então, tem uma pessoa recebendo o mesmo auxílio que uma família de cinco pessoas. São milhões. Agora nós recebemos um ofício do próprio governo mandando retirar do cadastro 2,5 milhões de brasileiros. Por que foram incluídos se não se adequaram aos parâmetros da lei? É quase um crime confessado”, afirmou Haddad.

O Tribunal de Contas da União já detectou suspeitas de pagamentos indevidos a 3,5 milhões de famílias em agosto. Segundo o TCU, há indícios de que há famílias com apenas um indivíduo recebendo o valor.

A equipe de transição que atua na área social irá propor que o novo governo convoque os 4,9 milhões de beneficiários que declaram que moram sozinhos, justamente para apurar se há irregularidade.

A área técnica do órgão avaliou que essa inclusão tinha por objetivo impulsionar a campanha de reeleição de Bolsonaro e que o benefício não ajudou a reduzir a pobreza e a desigualdade justamente por privilegiar famílias de uma pessoa em vez das mais numerosas.

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