Camilo Santana é convidado por Lula para assumir o Ministério da Educação

Atualizado em 15 de dezembro de 2022 às 16:33
O ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT) e o presidente eleito Lula (PT)
Foto: Reprodução/PT/Ricardo Stuckert

No início desta semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) para assumir o ministério da Educação (MEC). Com a insistência do partido, o cearense deverá aceitar a nomeação e poderá ser anunciado nos próximos dias como novo ministro da Educação.

Segundo o jornalista Lauriberto Pompeu, do Estadão, Lula convidou o ex-governador para comandar o MEC na última segunda-feira (12), em uma reunião em Brasília (DF).

O plano do petista é ter a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, que foi vice na chapa de Camilo, como a secretária nacional de Educação Básica. O presidente eleito estava preparando a divulgação dos nomes de cinco mulheres para comandar outras pastas relevantes do ponto de vista orçamentário para a próxima semana.

O líder do PT na Câmara, o deputado Reginaldo Lopes (PT), também desejava para comandar a pasta e chegou a mobilizar outros aliados dentro da legenda para, eventualmente, fazer com que seu nome fosse convocado para o cargo.

No entanto, um dirigente da Executiva Nacional do PT confirmou que ele não tinha “chances reais” de assumir o cargo. Por ter sido ex-governador, Camilo é considerado um nome com mais experiência para o cargo.

Por outro lado, segundo o jornalista Igor Gardelha, do Metrópoles, outras lideranças petistas disseram ainda a Camilo que, caso ele não tope ser ministro, Lula deverá dar o cargo a Reginaldo.

Camilo já foi aliado do ex-governador e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), mas rompeu com o pedetista nas eleições deste ano e ficou ao lado de Lula. O senador eleito foi o principal articulador da candidatura vitoriosa de Elmano de Freitas (PT) a governador do Ceará, Estado onde o presidente eleito teve larga vantagem de voto.

Em primeiro momento, Izolda, que é considerada uma das principais responsáveis pela evolução da educação pública do estado, era a principal cotada para assumir a Educação. A professora deixou o PDT neste ano para apoiar a campanha do petista.

Porém, mesmo que Izolda conte com o apoio de organizações privadas ligadas à educação, como a Fundação Lehmann e o Todos Pela Educação, como não faz parte do PT atualmente e não tem experiência parlamentar, a professora não tem aliados de peso dentro da cúpula da legenda para que pudesse ser de fato mencionada para o cargo.

Um dos principais objetivos de Lula era, com isso, aproveitar a força de senadores eleitos aliados dentro do Congresso, uma vez que muitos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) também conquistaram novos mandatos de deputados e senadores.

Porém, o novo presidente decidiu abrir uma exceção para certos nomes, como é o caso do senador Santana. Até o momento, outra exceção que foi feita foi para o senador eleito Flávio Dino (PSB), que já foi anunciado para a assumir pasta da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

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