
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido aconselhado a tirar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Para servidores, há uma espécie de “Abin paralela”, que ainda atende a interesses de Bolsonaro.
A ideia de desmilitarizar a inteligência do governo já havia aparecido nas discussões da equipe de transição, mas ganhou força nos últimos dias após a invasão promovida pelos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes (Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal), em Brasília, neste último domingo (8).
De acordo com informações do Estadão, a cobrança pela criação de um ministério para cuidar da segurança pública, separado da pasta de Justiça, comandada por Flávio Dino, voltou a ser discutida pelos aliados do presidente petista. Para eles, houve “sabotagem” por parte do governo do Distrito Federal em não impedir o ato terrorista.
No Planalto, a avaliação é de que o GSI precisa passar por uma “desintoxicação”, uma vez que está “contaminado” por agentes ligados ao ex-presidente. Ministros próximos a Lula insistem para que a Abin seja retirada do limite de autoridade desse gabinete.