Estado de Defesa: Braga Netto liderou reuniões para discutir golpe contra vitória de Lula

Atualizado em 19 de janeiro de 2023 às 7:29
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto
Foto: Borges/NurPhoto/Getty Images

Canalhas sempre serão canalhas. Golpistas sempre serão golpistas.

Walter Braga Netto debateu a aplicação do Estado de Defesa após a derrota nas eleições de 2022. O general foi vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro e teria liderado reuniões em Brasília para buscar alternativas de reverter o resultado eleitoral, segundo interlocutores. A informação é da CNN Brasil.

Uma das hipóteses levantadas foi a aplicação do Art. 142 da Constituição Federal, que, segundo bolsonaristas, permitiria uma intervenção militar no país. Aliados de Bolsonaro dizem que a minuta de decreto encontrada na casa de Anderson Torres pode ser resultado de um desses encontros de Braga Netto.

Outra tese levantada durante o debate dos bolsonaristas foi buscar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para liderar um processo. Também foi cogitada a convocação das forças de segurança para ter acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas.

Entre as sugestões estava ainda convocar militares que integraram o Comitê de Transparência Eleitoral para apontar supostas falhas no sistema eleitoral e auxiliar na contestação do resultado. As ideias golpistas chegaram às cúpulas das Forças Armadas, que promoveram reuniões para debater as alternativas, segundo militares. A Força que deu mais atenção ao tema foi o Exército.

A maioria dos generais, no entanto, refutou as sugestões e declarou que Lula deveria assumir o cargo sem interferências. Integrantes da Marinha e da Aeronáutica também rejeitaram as hipóteses. Por isso, bolsonaristas promoveram um movimento para atacar o Alto Comando do Exército nas redes.

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Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.