Grupo católico de Cássia Kis, que processou Porta dos Fundos, é banido do YouTube

Atualizado em 21 de janeiro de 2023 às 12:49
Bolsonarista Cássia Kis – Foto: Reprodução

Por Romero Venâncio

Na última quarta, dia 18, o Centro Dom Bosco foi banido do Youtube. Fundado em 17 de setembro de 2016, é uma associação de fiéis católicos que se reúne para rezar, estudar e defender a fé. Tem por objetivo oficial resgatar a “bimilenar tradição da Igreja” por meio de livros, aulas e iniciativas apologéticas.

Acreditam alucinadamente que o Brasil é uma “nação católica” que foi adormecida pela orientação liberal das casas maçônicas, por ideias comunistas dentro e fora da Igreja e, para se contrapor a isto, assumem uma posição miliciana de direita.

Publicam livros, dão aulas no Youtube e presenciais, fazem atos de rua, atacam pessoas como o Pe. Júlio Lancellotti, Dom Joaquim Moll, Dom Vicente Ferreira, Dom Orlando Brandis e outros.

Dois fatos marcantes liderados pelo CDB: primeiro, o processo contra o grupo “Porta dos fundos” por conta de um especial de Natal que retratava Jesus gay. Vários dos trabalhos do Porta dos fundos que tratam de temas cristãos foram alvos do CDB. Perderam todas as ações.

Segundo, no dia 12 de outubro de 2022, na cidade de Aparecida – SP. Eles organizaram um terço público que teria a presença do presidente Jair Bolsonaro e alguns aliados. Chegaram a anunciar em suas redes a presença do sujeito.

Organizaram a atividade religiosa na porta de uma antiga igreja católica de Aparecida tendo, inclusive, a presença da atriz global Cássia Kis (aliada de primeira hora do CDB). A paróquia começou a badalar os sinos na hora do fatídico terço e eles reagiram na forma de arruaceiros e baderneiros de direita tentando atacar o padre na Igreja. Bolsonaro cancelou a presença e o ato frustrado ganhou as redes sociais.

Nas suas redes sociais no Youtube, o CDB assumiu uma espécie de “guerra cultural” em defesa do que entendem por fé, com ataques sistemáticos ao Papa Francisco. Assumem uma postura agressiva contra o “Concílio Vaticano II (1962-1965), acusando-o de modernismo, de ter destruído os valores da igreja, de ter prejudicado a liturgia e de abrir as portas para o comunismo.

Um dia antes do chute do YouTube, o DCB publicou o seguinte em suas redes: “CNBB coloca o governo Lula contra a parede! A CNBB divulgou nota em defesa da vida e disse que o partido está contradizendo as suas promessas de campanha. As páginas das dioceses e as organizações de orientação católica estão compartilhando a nota, que já viralizou em todo o país. A CNBB afirmou que espera que o governo reveja as suas posições contra a vida.” Lula foi acusado de ser “promotor de campanhas em favor do aborto”.

A nota da CNBB existe e foi pública. Mas em nenhum momento ataca o presidente Lula ou o PT como “abortistas”. A posição da CNBB é doutrinal. E não uma cruzada moral contra pessoas que pensam diferente.

É de modo consciente que acusam desonestamente o atual presidente. Isso é má-fé e fake news em nome de Deus. “O Centro Dom Bosco tem certa vocação de atrair malucos”, disse o empresário Pedro Affonseca, presidente do CDB. Amém.

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