O novo comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, terá como primeira missão cancelar a nomeação do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid para o comando do 1º Batalhão em Goiânia. Ele era ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é da coluna de Carla Araújo no portal UOL.
A tarefa do novo comandante deve ter resistência, já que generais do Alto Comando do Exército alertaram que o recuo na nomeação deve ser técnico e não político. É atribuição de Tomás Paiva fazer designações internas, mas militares de alta patente dizem que são necessárias “justificativas plausíveis” para o afastamento. O argumento do governo Lula é de que Cid “está sub judice” por conta das investigações contra ele.
Para generais, a decisão do comandante não sofrerá resistências internas no Exército caso haja provas robustas contra o bolsonarista. A expectativa do governo é que o comandante cumpra a missão e troque o posto do ex-auxiliar de Bolsonaro.
Tomás ocupou por muito tempo o cargo de Cid, de Ajudante de Ordens (AJO), durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A função serve para assessorar o presidente e é historicamente feita por militares. No caso do ex-ajudante de Bolsonaro, ele também atuou na campanha eleitoral, sendo responsável por filmar motociatas e outras agendas do ex-presidente.