Caso fique comprovado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi remunerado por um empregador norte-americano por palestras nos Estados Unidos, o ex-capitão estará infringindo as leis de imigração, sendo passível de punição e até mesmo deportação.
De acordo com o colunista Leonardo Sakamoto, do UOL, Bolsonaro entrou na Flórida com um visto do tipo A1. O visto, no entanto, expirou dia 1° de janeiro, quando ele deixou de ser presidente. Diante disso, o advogado de Bolsonaro, Felipe Alexandre, pediu um novo visto.
Vale destacar que a categoria que foi solicitada, de viagens de negócios e de turismo (vistos B1/B2), não permite atividades remuneradas por um empregador local. Ou seja, o ex-presidente pode dar palestras e conferências nos EUA, porém, não pode receber por elas.
Isso ocorre pois pode ocorrer sonegação de imposto de renda devido à pessoa não ser um residente legal no país. Nesta última terça-feira (31), o ex-chefe do Executivo realizou uma palestra com seus apoiadores em Orlando, organizada pelo grupo Yes Brasil USA. Os ingressos foram vendidos entre 10 e 50 dólares cada.
Ainda segundo o colunista, o advogado de Bolsonaro ressaltou que ele está sendo orientado a como ministrar palestras sem ferir a legislação norte-americana. Além disso, ele destacou que há preocupação de que uma remuneração indireta, paga por uma associação, também seja vista como forma de burlar a lei.