
idolo Jair Bolsonaro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (2) que denunciou um ataque do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) à Polícia Federal.
“Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de ‘orgia com crianças’. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, escreveu Dino na rede social.
Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de “orgia com crianças”. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões.
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) March 2, 2023
Em novembro de 2022, Fantinel acusou um ministro do STF de pedofilia durante um discurso na Câmara dos Vereadores. Ele disse que “um ministro do Supremo Tribunal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil”.
A denúncia foi feita pelo advogado Claudio Libardi, de Caxias do Sul. No e-mail enviado no dia 9 de janeiro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Libardi informou que, “de forma recorrente”, o vereador auxiliou nos atos antidemocráticos. E cita a acusação falsa a um ministro do STF.
Para Dino, a fala configura crime contra autoridade federal. A denúncia do ministro da Justiça acontece após a expulsão do vereador do partido Patriota.
Sandro Fantinel foi expulso da legenda após fazer um discurso preconceituoso questionando a repercussão do caso dos trabalhadores baianos encontrados em condições análogas à escravidão.

Foto: Reprodução
O vereador falou no plenário da Câmara de Caxias do Sul (RS) que os produtores gaúchos não deveriam mais contratar “aquela gente lá de cima”.
Segundo o partido, o pronunciamento de Fantinel foi “desrespeitoso e inaceitável” e “está maculado por grave desrespeito a princípios e direitos constitucionalmente assegurados, à dignidade humana, à igualdade, ao decoro, à ordem, ao trabalho”.
Ele se referia ao fato de 207 trabalhadores, a maioria baianos, terem sido resgatados em situação de escravidão em Bento Gonçalves (RS). Os empregados eram obrigados a viver em alojamentos sujos e comer comida estragada, além de receberem choques e spray de pimenta.