Nova Abin: Órgão de inteligência irá monitorar grupos extremistas nas redes sociais

Atualizado em 3 de março de 2023 às 8:22
Fachada da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília – Foto: Reprodução/Abin

A nova Agência Brasileira de Inteligência (Abin) terá como uma de suas prioridades identificar e monitorar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar aos ataques à democracia, como os protagonizados por bolsonaristas no dia 8 de janeiro, em Brasília.

De acordo com o Blog do Octavio Guedes, do G1, o órgão de inteligência passaria a ter pautas sobre temas como aquecimento global, desmatamento da Amazônia, ataques a povos originários, garimpo ilegal e até ameaças ambientais à plantação de soja.

Interlocutores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também afirmaram que o futuro chefe da agência, delegado Luiz Fernando Corrêa, costumava dar um exemplo prático do papel que a Abin deveria ter:

“Se a fome é um grande flagelo nacional, a Abin não pode ficar de fora do tema. E como seria essa contribuição? Assim como são conhecidos os gargalos da infraestrutura do agronegócio, a inteligência de estado colaboraria no sentido de apontar os gargalos da ‘agricultura familiar’, um dos pilares do combate à miséria.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Casa Civil, Rui Costa – Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Nesta última quinta-feira (2), o presidente Lula transferiu o órgão de inteligência do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para a Casa Civil, pasta comandada pelo ministro Rui Costa. O objetivo é desmilitarizar a agência responsável por informações estratégicas do governo federal.

A ideia surgiu durante a fase de transição de governo, uma vez que integrantes da equipe do presidente ficaram incomodados com a composição ideologizada que o GSI passou a ter no governo Bolsonaro. A mudança, no entanto, acontece quase dois meses após os atos terroristas promovidos por bolsonaristas na capital federal.

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