Pelo menos quatro operações da Polícia Militar do Distrito Federal, que pretendiam desmobilizar o acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília, foram vetadas pelo Exército.
De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, a informação consta de um documento enviado pela PM à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e assinado em 17 de janeiro pela subsecretária de Operações Integradas, coronel Cintia Queiroz de Castro.
A subsecretária da PM citou quatro ocasiões em que foi impedida pelo Exército de desmontar o acampamento em frente ao QG da Força. A primeira tentativa ocorreu em 12 de novembro de 2022 e tinha o objetivo de combater comércio ilegal no local.
Já na segunda, em 6 de dezembro, a operação planejada pela PM durante uma reunião no Comando Militar do Planalto, no Exército, pretendia impedir o comércio irregular e retirar barracas desocupadas no dia seguinte. Entretanto, a PM foi informada pelo Exército de que a operação estava cancelada.
Outra tentativa da PM ocorreu no dia 29 de dezembro, às vésperas do presidente Lula (PT) tomar posse em Brasília. Na ocasião, o Exército impediu a operação e alegou “preocupação de confronto entre as forças policiais e acampados”.
A PM também voltou ao QG do Exército em 8 de janeiro, dia das invasões promovidas por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes. “A ação foi inviabilizada pelo Exército”, afirmou a subsecretária da PM.