Na manhã desta sexta-feira (17), uma operação conjunta das polícias civil, militar e federal busca cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra integrantes da facção suspeita de organizar os ataques no Rio Grande do Norte.
Trinta mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão serão realizados nesta sexta-feira. De acordo com os policiais, os alvos são ligados à facção Sindicato do Crime.
Desde a última terça-feira (14), diversos municípios do Rio Grande do Norte vêm sofrendo com ataques das organizações criminosas. Segundo o Ministério Público potiguar, os ataques teriam relação com uma união de facções que reivindicam mudanças nas condições nos presídios do estado. O Governo Federal acredita que os ataques sejam em resposta à transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime.
O grupo alvo é uma ‘célula’ da facção chefiada por José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, conhecido como Alicate. Ele está preso e foi transferido da penitenciária de Alcaçuz para o presídio federal de Mossoró na última terça-feira (14), como medida do governo para tentar conter as ações criminosas.
Os alvos são investigados desde 2022, por crimes como tráfico de drogas, assaltos e assassinatos. A suspeita da polícia é de que mesmo preso, Alicate seguia comandando as ações criminosas.
A Força Nacional foi acionada e segue auxiliando as autoridades locais nas operações para acabar com o caos que se espalha por todo o estado. Criminosos têm queimado e atirado contra comércios, prédios públicos, bases da PM e veículos. Em algumas cidades, serviços comerciais e de transporte público foram suspensos. Algumas prefeituras também suspenderam as aulas para a proteção de alunos até que a situação seja normalizada.
A polícia ainda não divulgou o número de presos na operação desta manhã. As ordens estão sendo cumpridas nas cidades de Natal, Parnamirim e Nísia Floresta, e na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte.
Autoridades ligadas ao Ministério da Justiça e ao governo do Rio Grande do Norte apontam que, as facções Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC), que são rivais, se aliaram, em uma trégua temporária, nos ataques no estado.
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