Folha escuta seus videntes. Por Moisés Mendes

Atualizado em 19 de março de 2023 às 8:59
Folha inicia série de reportagens sobre o futuro do bolsonarismo Foto: Wikimedia Commons/AFP

 

Publicado originalmente no blog do autor

A Folha começa amanhã uma série de reportagens sobre o futuro do bolsonarismo.

Jornalistas da Folha, do Globo e do Estadão já decretaram o fim de Lula e do PT várias vezes.

O PT iria acabar depois da crise do chamado mensalão em 2005. Iria ser extinto depois do golpe contra Dilma, em 2016, e seria transformado em pó com o encarceramento de Lula em 2018.

A Folha é ruim de fazer previsões, ouvindo sempre os mesmos ‘especialistas’ e videntes.

O bolsonarismo é uma anomalia da política, criada pela democracia, e sua sobrevivência depende muito mais da população do que do próprio Bolsonaro.

Bolsonaro foi o hospedeiro das ideias, atitudes e ações de pelo menos um terço da população. O resto foi atrás e muitos não conseguem voltar.

Foi esse vasto contingente sem escrúpulos e disseminador de ódios e preconceitos que inventou Bolsonaro, e não o contrário.

O que a Folha precisa prever é se a população continua disposta a bancar Bolsonaro como seu guru acima de tudo e de todos.

O bolsonarismo é muito mais uma doença coletiva do que uma ideologia.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link
Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/