
Na quarta-feira (22), a Polícia Federal desarticulou em operação um plano do PCC que pretendia assassinar autoridades e funcionários públicos.
Um dos alvos era o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A ideia, segundo informações preliminares, era sequestrar o ex-juiz para negociar a soltura de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, “chefão” do PCC, que está preso há mais de 20 anos.
Integrantes de forças de segurança de São Paulo, no entanto, não chegaram a uma conclusão sobre quais motivos levariam Moro a entrar na lista do PCC. Segundo a Folha, até o final de 2022, o nome do senador não constava de lista dos serviços de inteligência paulista sobre os “decretados”.
Como mostrou o DCM, o promotor Lincoln Gakiya, que também está na lista de “decretados” da facção criminosa, chamou Moro de mentiroso e disse que o ex-juiz fez uso político das ações dele para tomar para si os méritos da transferência de presos ao sistema federal em 2019.
“Existe uma ordem da cúpula do PCC para que me matem. Acabei sendo o único responsável pela transferência, no começo de 2019, dos líderes para o sistema penitenciário federal. Era uma questão de segurança, porque havia um plano iminente de resgate”, afirmou Lincoln ao jornal “El País”, em junho de 2022.

Gakiya contou que foi graças à inação de Moro que ele entrou na mira do PCC. “Houve um acordo inicial para que a solicitação fosse coletiva, dos secretários estaduais de Segurança, das administrações carcerárias (Ministério da Justiça), do Ministério Público e minha, mas coincidiu com uma época de transição política muito difícil, desistiram, e me vi compelido a fazer sozinho”, disse.
“Portanto a solicitação não foi feita, com todo respeito, nem pelo (então) ministro da Justiça, Sergio Moro, nem pelo (então) governador de São Paulo, João Doria. Eu assinei o pedido e o juiz tomou a decisão. Para o PCC, acabei como a figura pública que pediu historicamente sua transferência para fora do Estado de São Paulo, e ficou como uma coisa pessoal. E isso é ruim.”
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